sábado, 24 de setembro de 2011

Mãe



Mais uma vez,deitada.
Fitando o teto na escuridão do quarto.
Outra vez,esperando o afago,o carinho de outrem.
Fechando  os olhos no intuito de fazer aparecer alguém.
Para sentar aqui do lado ,lançar-me aquele olhar de ternura
e mexer em meus cabelos bagunçados,dispersos pelo travesseiro.
Isso colocaria um sorriso em meu rosto,
Um sorriso,daqueles de rir com os olhos.
Mas, sei que apenas tu me cobriria o corpo e me beijaria a testa
E entoaria uma canção,daquelas bobas e infantis.
Apenas tu,
leria aquele livrinho cheio de histórias,as quais conheço bem.
Apenas tu,
não se importaria com o tamanho do corpo estirado na cama;
Se pequeno,se grande
pois sei que sempre lhe parecerei miúda,frágil e indefesa.
Porém,também sei que ao  fim da suave melodia e da velha história,
apenas tu,andarias até a porta,lançarias um último olhar
antes de enfim,partir e mesmo assim permanecer.

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