segunda-feira, 15 de abril de 2013

Subjetividade II

"Então de sombras a cidade foi coberta"
As palavras tem em si sentidos tão obscuros quanto claros
Paradoxo. Multifacetado como Ela.
Os anéis foram destruídos. Azar dos mortais
Em seu lugar, foram colocados cristais,
Incrustados de diamantes de vidro
Tão frágeis quanto porcelanas
Tão resistentes quanto aço
Tão Contraditórios quanto Ela.
Ajoelham-se os homens, em reverência 
Sob tuas mãos, raios de proteção
Afastem-se todos
Da luz se forja uma coroa de ouro, que vale mais do que tua honra
pobres dos  homens que tentam lhe contradizer
pobres dos homens, que tentarem te violar
São 7 faces,18 luas e 3 abismos
apenas uma rainha
Nenhum rei.

Subjetividade

Profundamente marcados,os olhos.
O traço fino, bem delineado, denotava perfeição.
O metal nos lábios era sinal de rebeldia, a garota do kajal de novo, penetrava em meus sonhos
Penetravam nos meus, os teus pesadelos.
Me via deslumbrante, com ouro nos olhos 
Com seda me cobria, os cabelos e os pés 
A tiara cintilava-brilho dos metais preciosos-
Mas no canto esquerdo, a criança chorava
O sorriso  roubado de outrora 
Jogado ali no canto , desperdiçado ali do lado.
Ele chorava , o pequeno delinquente
Com intenções de ladrão e sadismo disfarçado em alma de criança. 
Corria de desespero e nó na garganta.
Os pulsos, deveriam ser cortados como castigo pelos delitos.
Mas este era o momento, em que os olhos se abriam.
Eram irmãos de consideração, não de sangue.
Era oprimido pelo sistema, não por vontade própria.
Da erva que cheirava, até as noites desperdiçadas ao relento
Do tempo perdido, até o dia da redenção. 
Eu queria a mão daquele menino, Ele queria a luz do fim do túnel
Eu queria o coração daquele menino
Ele queria que o tivessem arrancado, junto com os pulsos.
Mas este era o momento em que os olhos se abriam...