segunda-feira, 15 de abril de 2013

Subjetividade

Profundamente marcados,os olhos.
O traço fino, bem delineado, denotava perfeição.
O metal nos lábios era sinal de rebeldia, a garota do kajal de novo, penetrava em meus sonhos
Penetravam nos meus, os teus pesadelos.
Me via deslumbrante, com ouro nos olhos 
Com seda me cobria, os cabelos e os pés 
A tiara cintilava-brilho dos metais preciosos-
Mas no canto esquerdo, a criança chorava
O sorriso  roubado de outrora 
Jogado ali no canto , desperdiçado ali do lado.
Ele chorava , o pequeno delinquente
Com intenções de ladrão e sadismo disfarçado em alma de criança. 
Corria de desespero e nó na garganta.
Os pulsos, deveriam ser cortados como castigo pelos delitos.
Mas este era o momento, em que os olhos se abriam.
Eram irmãos de consideração, não de sangue.
Era oprimido pelo sistema, não por vontade própria.
Da erva que cheirava, até as noites desperdiçadas ao relento
Do tempo perdido, até o dia da redenção. 
Eu queria a mão daquele menino, Ele queria a luz do fim do túnel
Eu queria o coração daquele menino
Ele queria que o tivessem arrancado, junto com os pulsos.
Mas este era o momento em que os olhos se abriam...

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