terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Canção

Faça- me o dia como as noites
Um canção que não para de tocar
Seja selvagem. Tempestade que corre
Ímpetos.
E se te tenho aqui por um segundo
pense no sacrifício de deixar-te  ir como quem apenas se vai.
Porque não deixa-te prender à este chão?
se o resfôlego na nossa parada não é suficiente que seja então a presença de quem te suplica.
seja o canto escuro o recôndito de tua alma, seja talvez os campos que florescem na primavera
seja eu, teus pensamentos mais sórdidos ou  mais puros
e que vil, eu seja.
Não pense no que está perdido, tampouco no gelo que precisa ser quebrado
Apenas olhe as estrelas que estão a girar, Olhe o outro lado do mapa que estás a segurar
Conte do oriente até os confins desse universo
Que seja hoje, felicidade de outrora
Que venham bons ventos com bons presságios
Venham fagulhas do fogo que queima os pecados da carne
E que seja tu o primeiro a ser incendiado.
Venha de onde for andarilho errante, que a esmo lança seus passos
Seja a lança que espeta a carne da vítima
inocente ou culpada.
Apenas deita-te na relva verde que o chão, cobre
deixe que os teus olhos se fechem e  sonhe indo em direção ao Norte.
Onde tu me faz os dias como as noites
e deleitas-te no corpo que deseja.

Um comentário:

  1. Essa poesia eu vou roubar pra mim. Pronto, me pertence agora! Beijo e tchau.

    Rodrigues.

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