sábado, 14 de maio de 2011

Borboletas

Quero voltar pra casa, quero ver as velhas fotografias;
Vou me sentar na cadeira de balanço e me admirar das paredes ,hoje tão velhas. 
Vou ver o quintal ,a terra batida e as árvores que não mais frutificam.
Vou sentir o cheiro do vazio,da saudade que aperta bem fundo do peito e da voz que tão logo me irritava. 
Pra onde as borboletas vão? 
Elas morrem?
Eu vou olhar o mesmo céu.Azul? 
Não mais para nós.
Cinza está,como os nossos corações.
Eu vou gritar teu nome;
Eu vou te trazer de volta ,nem que por poucos segundos,
Pois tu sabes que não há nada que te apague de mim.
E hei de sentir o cheiro forte do teu velho café,doce,não mais;
O tic-tac do grande relógio da parede no bater do almoço;
O tic- tac infinito da tua morada,bem aqui,bem pertinho,bem ali no cantinho.

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